Veja um bom exemplo.
Bons exemplos de sucesso em vendas podem vir de situações inesperadas e dos lugares mais inusitados. Já escrevemos sobre exemplos vindos da praia, da concessionária de automóveis e até da “Maria, que recebia tantos ‘nãos’ no dia a dia”.
Vender é uma técnica e pode exigir muito preparo para se desenvolver de forma profissional, mas também pode ser um processo muito simples, bastando para isso, vontade, observação e ousadia. Veja que situação interessante:
Saindo de um treinamento à noite em uma indústria instalada em um bairro na cidade de Rio Claro, SP, passei diante de uma “promoção”: Bananas a R$ 2,50/kg. Achei barato já que estava pagando em torno de R$ 4,00 nos supermercados. Banana é um item que não pode faltar no dia a dia. Dei ré no carro e voltei um pouco. Tratava-se um botequim de bairro. Sabe? Aqueles que estão sempre cheios, mesmo numa terça-feira. Tem sempre um jogo na televisão: Ituano e São Bento, Palmeiras e Santos, PSG e Lyon, o jogo não importa. Sempre tem um futebol para “distrair” o trabalhador que volta do trabalho e passa para tomar uma gelada ou uma “mais quente”. A bebida também não importa. O que importa para mim, é a VENDA.
Voltando às bananas. Entrei e peguei uma penca; uma não, duas. É melhor sobrar do que faltar. Além disso, estavam no ponto e durariam um pouco mais. Duas pencas. Fui pesar. Dois quilos e pouco. O balconista arredondou para R$ 5,00. “Quer aproveitar e tomar uma cervejinha? Está geladinha!” Perguntou o balconista. Como estava dirigindo, respondi que não e agradeci. “Só uma latinha!” Insistiu o vendedor. Pensei que uma cervejinha só, àquela hora, não seria má ideia. Aceitei e afirmei que aceitaria só uma latinha. “Brahma ou Skol? Estão geladinhas!” OK. Brahma. Assinalei.
Enquanto servia a cerveja (estava mesmo gelada!) o balconista me vem com um pequeno pedaço de queijo picado em um pires com uma pitada de orégano e um fio de azeite. “Cortesia da casa, um queijinho pra acompanhar”. Me entregou. Uau! Que queijo delicioso. Pensei. Será que ele vende desse queijo também?
O botequim tinha de tudo um pouco, frios, arroz, macarrão, refrigerantes, molhos, sucos, Bombril, desinfetante…
Perguntei ao balconista se ele tinha desse queijo pra vender também. “Claro! Tem bastante!” E ele me direcionou para o lado com um balcão de frios. Lá estava o queijo Canastra embalado em unidades cortadas de aproximadamente 500g. Me informou que sairia por mais ou menos quinze reais o pedaço. Estava mesmo uma delícia! Pedi para pesar um daqueles pedaços.
Resumo da história: entrei para comprar um quilo (1kg) de banana por R$ 2,50 e gastei mais de R$ 25,00. E saí muito satisfeito com a cerveja geladinha, com o queijo delicioso e as bananas, claro! E ainda aprendi um pouco mais sobre vendas no varejo.
A simplicidade está em oferecer; simplesmente oferecer. Vai que… O não nós já temos. É preciso um quê de ousadia e criatividade para tomar a iniciativa, correr o “risco” de ouvir um não. Mas o trabalho é esse: oferecer para vender.
Isso se aplica, inclusive para vendas mais complexas ou mesmo a venda de mix de produtos. Em muitos segmentos, vendemos o produto principal, muitas vezes de combate, e não vendemos todo o mix da empresa onde, provavelmente, estão as vendas mais lucrativas ou rentáveis. É preciso estudar alternativas, pesquisar possibilidades, desenvolver a criatividade e oferecer.
O queijo acabou e precisei voltar ao botequim na semana seguinte. Já fui mais preparado. Neste caso já pedi uma Serramalte e, para acompanhar, uma porção daquele queijo (que veio maior e já não era cortesia); me sentei com menos pressa e puxei assunto com o balconista. Era o dono, o Zacarias, que me apresentou um supermercadista que também estava lá. A conversa foi longe…
Virei cliente.
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