Pedindo licença pelo uso das gírias e expressões, apresento uma ideia trazida por um jovem vendedor, explicando suas experiências de compra e de venda.
“Perfeito, vou confirmar as informações e depois entro em contato”. Este é o famoso “vou ver e, depois, te aviso.”. Mas, cadê o “aviso”. Quantas vezes você já não ouviu essa frase em contextos diferentes ou até mesmo em outras palavras? Quando se ouve essa frase, alimenta-se sensação de esperança de que o pedido será atendido e que o problema será solucionado. Mas o tempo passa e a resposta, que deveria aparecer como uma gota de água no deserto, revela-se uma miragem. E, como uma miragem, correr atras apenas causa esgotamento.
É de conhecimento geral que não correr atrás do cliente, fará com que ele não se lembre ou, pior, busque outro caminho, outra solução, que resolva o seu problema. Perder o cliente é ruim para os negócios; aquele que paga está indo por negligência ou falta de atenção na entrega do produto. Assim como ouvir “Na volta eu compro” é ruim, ouvir algo semelhante de “Vou ver e te aviso” é triste e, dependendo da situação, é desesperador.
Dar a devida atenção ao cliente é crucial, assim como é desejável reciprocidade para o vendedor.
Há muitas formas de evitar esse comportamento negligente; do mais clássico “anotar num papel” ao mais sofisticado “colocar um alarme para cada situação”. É sabido que muitos negócios atendem um número grande de clientes durante o expediente e que algumas soluções não são muito aplicáveis, mas algo deve ser feito para não se esquecer dos clientes.
Por exemplo: uma pessoa organiza um evento para um dia ‘D’, na hora ‘H’ referente a um grande feriado que acontecerá próximo ao dia ‘D’. Para isso, ele procura por um buffet para eventos, a fim de levantar um orçamento. Após uma longa busca, ele precisa: entrar no site do Buffet X, preencher um formulário, esperar por mais de 12hs por um e-mail e decidir ligar para resolver, ter uma longa conversa com duas ou, até, mais pessoas para pegar todas as informações possíveis, acaba recebendo um “Perfeito! Vou preparar seu orçamento e assim que estiver pronto eu te enviarei no e-mail”. A pessoa espera um dia, dois dias, uma semana, duas semanas e nada do e-mail, até que finalmente o e-mail chega, com o orçamento e valores bem explicados e claros…, porém, faltando algumas horas para o dia ‘D’/ hora ‘H’.
Com certeza, enquanto isso, a pessoa procurou outro buffet ou outro lugar que pudesse proporcionar um espaço para seu evento. Ou seja, o Buffet X perdeu um cliente e também todos os contatos que a pessoa poderia trazer, todo o Network dele. E se pensar, o concorrente ganhou muito com a falta do Buffet X.
Pior de tudo é quando o cliente difama o produto/serviço por conta de um erro e que pode arruinar outros negócios ou vendas para outros clientes de forma indireta. Olha o perigo!
Não há uma só forma que seja perfeita para se evitar essa complicação, mas muitas mais simples que podem se adequar a cada situação e, por fim, resolver, corrigir, contornar ou, até mesmo, evitar esse problema. Do contrário, pode-se passar a ideia que a empresa é amadora, incompetente, inexperiente, negligente, indiligente, adjetivos que ninguém quer ser intitulado.
O Cliente não é um objeto que deva ser endeusado, adorado ou santificado. Mas sim, como um que deve ser tratado com muito cuidado e zelo para que possa brilhar em nossos negócios e trazer mais e mais brilhos. Se não, ele pode se quebrar e nunca mais brilhar.
Portanto, PRESTE ATENÇÃO!